«31.12.98:
Molas estragadas
Mede a minha humanidade pela minha desumanidade.
Estoú só e se me tocas, continuo só.
Se me bateres devagarinho, chorarei demasiado.
Digo-te: as tuas palavras não são verdadeiras palavras, as tuas carícias não são [verdadeiras carícias.
Só é Real o que é meu - e nem as minhas mãos são minhas!
Procuro Deus ou procuro o que é meu - tanto faz.
De nada adianta passares por mim tão bonita. Eu não te entendo.
Eu só entendo o forte e o fraco.
Tenho os sentidos estragados, como molas estragadas por serem estupidamente hipersensíveis.
Se me tocas e não estou distraído, dói-me.
Mas como eu gosto de adivinhar o teu toque!
- quem me dera ter saudades de ti.»
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